O investigador do projeto “Uma história de sucesso? Portugal e o PISA (2000-2015)” Vítor Rosa, publicou novo artigo na revista Eduser – revista de educação, que pode ser lido na íntegra aqui.
Há vários anos que Portugal participa em vários estudos internacionais ligados à educação e aprendizagem dos alunos, realizados por diversas organizações, em particular a International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA). Um dos mais recentes é o International Computer and Information Literacy Study (ICILS), que procura avaliar as competências dos alunos do 8.º ano de escolaridade em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), focando-se em dois domínios principais: a Literacia em Computadores e Informação (CIL) e o Pensamento Computacional (CT).
Neste artigo procuramos analisar os resultados gerais de Portugal e a diferenciação de género. Recorremos a uma metodologia interpretativa, com base na análise dos relatórios e bases de dados produzidos(as) por diferentes organizações. Os resultados revelam que Portugal se encontra no grupo de participantes que registaram uma pontuação média superior ao ponto médio da escala ICILS. Revelou também que existe diferenciação de género nos dois domínios avaliados.
Nessa nota de investigação, que pode ser lida na íntegra aqui, a autora faz uma primeira reconstituição da genealogia da decisão política sobre a entrada de Portugal no PISA (Programme for International Student Assessment), promovido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) decidida em 1999 e concretizada em 2000.
Os primeiros resultados dessa análise sugerem que a decisão, que não foi unânime entre os membros do governo com responsabilidades na área da educação, foi tomada por emulação normativa, e visou consolidar uma determinada orientação da agenda da política educativa nacional.
Os autores fazem uma análise comparativa entre três questionários internacionais: o PISA, conduzido pela OCDE, e o TIMSS e o PIRLS, realizados pela IEA, tendo em conta os seus objetivos gerais e correlações entre os respetivos dados referentes a Portugal (por regiões da NUTS III). A análise dos resultados gerais evidenciou que Portugal tem vindo a melhorar os seus resultados no PISA, nos três domínios avaliados (leitura, matemática e ciências), que melhorou no TIMSS em matemática e piorou em leitura no PIRLS.
A análise comparativa por regiões revelou que existe uma diferenciação dos resultados por regiões e que, enquanto o fator domínio não se apresenta como relevante, o fator objeto de avaliação em cada estudo parece determinante para os resultados dos questionários. Revelou, ainda, que há uma relação direta entre o PIB/habitante e os resultados dos questionários nas regiões com valores extremos de PIB/habitante, mas que essa relação não existe para a generalidade das regiões. O texto pode ser lido na íntegra aqui.