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Nesta investigação, na qual usamos a Análise Crítica do Discurso (ACD), partimos da questão — Que relações se podem reconhecer entre os artigos de opinião sobre a educação, publicados em jornais de referência, e os valores e as aspirações defendidos pela nova classe média? Usamos uma metodologia quantitativa, e realizámos entrevistas aos diretores dos jornais estudados, assim como a pais e a professores. A ACD foi usada em 20 artigos de opinião escolhidos como corpus de estudo.

  • Araújo, A. L. A. Ilhas de excelência no meio do caos: O inédito e o viável nos resultados de escolas brasileiras do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, em avaliação local e global (Tese de Doutoramento em curso).
  • Araújo, A. L., & Borges, L. (2019, 5 julho). Uma história de sucesso? Portugal e o Pisa (2000-2015). Comunicação apresentada no 9.º Encontro de Investigadores do CeiED, Investigação em Educação: Olhares Plurais na Co-criação de Justiça Cognitiva, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. Resumo disponível aqui
  • Borges, L. A construção do PISA em Portugal. Processos e práticas (Tese de Doutoramento em curso
  • Carita, A., Lopo, T. T., & Teodoro, V. D. (2022). PISA in the media discourse: Prominence, tone, voices and meanings.  In A. Teodoro (Ed.), Critical perspectives on PISA as a means of global governance. Risks, limitations, and humanistic alternatives (pp. 142-168). Routledge.
  • CeiED (2021). Resultados do caderno de questões PISA. Relatório. Disponível aqui
  • Cordeiro, C. D., & Teodoro, V. D. (2022).How PISA is present in the scientific production: A bibliometric review. In A. Teodoro (Ed.), Critical perspectives on PISA as a means of global governance. Risks, limitations, and humanistic alternatives (pp. 25-47). Routledge.
  • Estrela, E. (2019). The two faces of the same coin: National and individual refraction in curriculum policies in Portugal. In G. McCulloch, I. Goodson, & M. G. Delgado (Eds.), Transnational perspectives on curriculum history. Abingdon: Routledge.
  • Estrela, E. (2020). O movimento da política baseada em evidências e a sua influência nas políticas curriculares portuguesas. In M. González-Delgado, M. F. Lorenzo, & C. Machado-Trujillo (Eds.), Transferencia, transnacionalización y transformación de las políticas educativas, 1945-2018 (pp. 293-298). Salamanca: FahrenHouse.
  • Estrela, E. (2022). Curriculum as the fluid for unsureness times: In between the solid and the liquid. Comunicação aceite na ECER, Education in a Changing World: The impact of global realities on the prospects and experiences of educational research, Yerevan State University, Yerevan. Resumo disponível aqui
  • Estrela, E. (2022, forthcoming). Curriculum as the fluid for times of unsureness: In between the solid and the liquid. In P. Trifonas, & S. Jagger (Eds.), International handbooks of education. Handbook of curriculum theory and research. Springer.
  • Estrela, E., Lopo, T. T., & Teodoro, A. (2022). The evidence-based education policy movement and its effects on the curriculum policy in Portugal (2011-2019). Comunicação aceite na ECER, Education in a Changing World: The Impact of Global Realities on the Prospects and Experiences of Educational Research, Yerevan State University, Yerevan. Resumo disponível aqui
  • Estrela, E., Lopo, T. T., & Teodoro, A. (2019, 13-14 junho). O movimento da evidence-based education policy e as políticas curriculares em Portugal. Comunicação apresentada no II Seminário Internacional CAFTe – Currículo, Avaliação, Formação e Tecnologias Educativas, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Porto. Resumo disponível aqui
  • Galego, C., Canário, S., & Teodoro, A. (2019, 3-6 setembro). PISA and literacy concept: Analyse of the centrality of literacy as the main operative concept in student assessment. Comunicação apresentada na Conferência ECER 2019, Education in an Era of Risk – the Role of Educational Research for the Future, Universidade de Hamburgo, Hamburgo. Resumo disponível aqui
  • Lopo, T. T.  (2019). Mapeamento nacional e internacional de acontecimentos, medidas de política educativa e marcos ao nível das formas de avaliação. Disponível aqui
  • Lopo, T.T. (2019, 30-31 maio – 1 junho). Os estudos de avaliação comparada sobre a educação cívica e a sua influência na decisão sobre políticas educativas. Comunicação apresentada no I Congresso Internacional Humanismo, Direitos Humanos e Cidadania Global, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. Resumo disponível aqui
  • Lopo, T. T. (2019, junho). Os estudos de avaliação comparada sobre a educação cívica e a sua influência na decisão sobre políticas educativas slides PowerPoint⌋.
  • Lopo, T. T. (2019, agosto). PISA nos media. Parte 1 (tiragens e audiências médias de jornais) e Parte 2 (recolha e análise de peças jornalísticas – jornal Público). Relatório. Disponível aqui
  • Lopo, T. T. (2020). Think tanks portugueses e a sua influência na decisão política sobre educação. In M. González-Delgado, M. F. Lorenzo, & C. Machado-Trujillo (Eds.), Transferencia, transnacionalización y transformación de las políticas educativas, 1945-2018 (pp.307-314). Salamanca: FahrenHouse.
  • Lopo, T. T. (2020, 10-12 setembro). Think tanks portugueses e a sua influência na decisão política sobre educação. Comunicação apresentada  no XV Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação: Liberdade, Equidade e Emancipação, Porto. Resumo disponível aqui
  • Lopo, T. T. (2020, setembro). Thinks tanks portugueses e a sua influência na decisão política sobre educação slides PowerPoint
  • Lopo, T. T. (2021). The political decision on Portugal’s entry into PISA: A research note. Policy Futures in Education,19 (6), 723-729. doi:10.1177/1478210320971537

Neste artigo fazemos uma primeira reconstituição da genealogia da decisão política sobre a entrada de Portugal no PISA (Programme for International Student Assessment), promovido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) decidida em 1999 e concretizada em 2000. Os primeiros resultados dessa análise sugerem que a decisão, que não foi unânime entre os membros do governo com responsabilidades na área da educação, foi tomada por emulação normativa, e visou consolidar uma determinada orientação da agenda da política educativa nacional.

  • Lopo, T. T. (2021, janeiro). Análise MAXQDA de notícias do jornal Público (2009, 2012, 2015). Relatório de dados.
  • Lopo, T. T. (2021, 13 de janeiro). Avaliações internacionais de larga escala: Portugal à Procura de uma pertença global? Comunicação apresentada no 1.º Webinar SPCE-SEC, Lisboa. Resumo disponível aqui
  • Lopo, T. T. (2021, 29-31 março). A favor e contra: Uma genealogia da decisão política sobre a entrada de Portugal no PISA (1995-2001). Comunicação apresentada no XI Congresso Português de Sociologia – Identidades ao Rubro: Diferenças, Pertenças e Populismos num Mundo Efervescente, Escola de Sociologia e Políticas Públicas do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa  e ICS – Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Lisboa. Resumo disponível aqui
  • Lopo, T. T. (2021, 29-31 março). A favor e contra: Uma genealogia da decisão política sobre a entrada de Portugal no PISA (1995-2001) slides PowerPoint
  • Lopo, T. T. (2021,  2-3 setembro). The role of Portuguese think tanks in shaping education policy. Comunicação apresentada na  ECER 2021 – Emerging Researchers’ Conference, Genebra, Suiça. Resumo disponível aqui
  • Lopo, T. T. (2022, 8 abril). PISA et “PISA pour le développement”: deux programmes, un même discours? Comunicação apresentada no Seminário L’évaluation PISA: questions, enjeux et débats internationaux. Universidade de Lille, Lille, França. Programa disponível aqui
  • Lopo, T. T., & Rosa, V. (2019). O Pisa e a industrialização da educação. Instituto de Sociologia da Universidade do Porto. Plataforma Barómetro Social. Disponível aqui
  • Lopo, T. T., & Rosa, V. (2021, 23-28 fevereiro). PISA as Big Science. Comunicação apresentada no IV ISA Forum of Sociology, Challenges of the 21st Century: Democracy, Environment, Inequalities, Intersectionality, Porto Alegre. Resumo disponível aqui
  • Lopo, T. T., & Rosa, V. (2021, fevereiro).  PISA as Big Science [slides PowerPoint].
  • Lopo, T. T., &  Rosa, V. ( 2021, 15-17 setembro). O PISA: Discursos e práticas dos diretores, coordenadores e alunos de escolas portuguesas. Comunicação apresentada no XIV Congresso Luso-Afro-Brasileiro e 3.º Congresso da Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas de Língua Portuguesa, Coimbra, Portugal. Resumo disponível aqui
  • Maia, J. S., Mascarenhas, D., & Rosa, V. (2022). TALIS 2018: A comparison between seven European mediterranean countries. In M, Cruz, A. Couto, & F. Lambert (Eds.), Issues’22 – Issues in education (pp. 7-27). Instituto Politécnico do Porto, Escola Superior de Educação.
  • Mascarenhas, D., Maia, J. S., & Rosa, V. (2022, 28 de janeiro). O processo de construção do artigo científico PISA, TIMSS e PIRLS em Portugal: Uma análise comparativa.  Escola de Inverno – 2.º Ciclo de Workshops em Metodologias de Investigação em Ciências da Educação: O processo de construção de um artigo científico, Universidade do Minho.
  • Mascarenhas, D., Maia, J. S., & Rosa, V. (2022, 28 de janeiro). O processo de construção do artigo científico PISA, TIMSS e PIRLS em Portugal: Uma análise comparativa slides PowerPoint⌋.
  • Mascarenhas, D., Rosa, V., & Maia, J. S. (2019, 25-26 outubro). O contributo do PISA, do TIMSS e do PIRLS na educação: Balanços e perspetivas. Comunicação apresentada no Colóquio CIDInE Inovação em educação: Balanços e perspetivas futuras, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Porto, Porto. Resumo disponível aqui
  • Mascarenhas, D., Rosa, V., & Maia, J. S. (2019, outubro). O contributo do PISA, do TIMSS e do PIRLS na educação: Balanços e perspetivas slides PowerPoint⌋.
  • Neto, J. L. H. (2019).  Regulação na educação básica brasileira slides PowerPoint⌋.
  • Neto, J. L. H. (2022). Pisa and the curricular reforms in Brazil: The influence of a powerful regulatory instrument. In A. Teodoro (Ed.), Critical perspectives on PISA as a means of global governance. Risks, limitations, and humanistic alternatives (pp. 70-103). Routledge.
  • Ramalho, G., & Lopo, T. T. (2019). Timeline: Implementação do PISA em Portugal. Disponível aqui
  • Rosa, V. (2019). Database – Some indicators of PISA (2000-2015), by countries. Disponível aqui
  • Rosa, V. (2019, 3 de julho). As avaliações internacionais do Programme for International Student Assessment (PISA). Jornal Diário do Sul.
  • Rosa, V. (2019, 18 de julho). O PISA, o TIMSS e o PIRLS: (In)sucesso escolar em Portugal. Jornal Diário do Sul.
  • Rosa, V. (2019, 6 de dezembro). PISA 2018: Resultados dos alunos. Jornal Diário do Sul.
  • Rosa, V. (2020). PISA, big data e industrialização da educação. In M. González-Delgado, M. F. Lorenzo, & C. Machado-Trujillo (Eds.), Transferencia, transnacionalización y transformación de las políticas educativas, 1945-2018 (pp. 299-305). Salamanca: FahrenHouse.
  • Rosa, V. (2020, 9-11 dezembro). A participação portuguesa no inquérito internacional PIRLS (2011-2016). Comunicação apresentada no XIV Congresso Internacional Educação e Inovação – Rumo a uma Educação Sustentável, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra e Universidade de Granada, Coimbra.
  • Rosa, V. (2020). A participação portuguesa no inquérito internacional PIRLS (2011-2016) slides PowerPoint.
  • Rosa, V. (2020). A participação de Portugal no estudo ICILS. EDUSER: revista de educação, 12(2), 1-16. https://www.eduser.ipb.pt/index.php/eduser

Há vários anos que Portugal participa em vários estudos internacionais ligados à educação e aprendizagem dos alunos, realizados por diversas organizações, em particular a International Association for the Evaluation  of  Educational  Achievement (IEA).  Um dos mais recentes é o International   Computer   and   Information   Literacy Study (ICILS), que   procura   avaliar   as competências  dos  alunos  do  8.º  ano  de  escolaridade  em  Tecnologias  da  Informação  e  da Comunicação  (TIC),  focando-se em dois  domínios  principais:  a  Literacia  em  Computadores  e Informação  (CIL)  e  o  Pensamento  Computacional  (CT).  Neste artigo procuramos analisar os resultados gerais de Portugal e a diferenciação de género.  Recorremos a uma metodologia interpretativa, com base na análise dos relatórios e bases de dados produzidos(as) por diferentes organizações. Os resultados revelam que Portugal se encontra no grupo de participantes que registaram uma pontuação média superior ao ponto médio da escala ICILS. Revelou também que existe diferenciação de género nos dois domínios avaliados.

  • Rosa, V. (2021, 26-29 janeiro). A participação de Portugal no PISA: Políticas, práticas e problemáticas. Comunicação apresentada no XXVIII Colóquio 2021 da AFIRSE Portugal, Educação e Idades da Vida – Problemáticas de Investigação e Desafios na Sociedade Contemporânea. http://afirse.ie.ul.pt/coloquios/xxviii-coloquio-2021/
  • Rosa, V. (2021). A participação de Portugal no PISA: Políticas, práticas e problemáticas slides PowerPoint.
  • Rosa, V. (2021, 18-19 fevereiro). A participação portuguesa no International Computer and Information Literacy Study (ICILS). Comunicação apresentada na VII Conferencia Ibérica de Innovación en Educación con TIC (ieTIC2021), Faculdade de Educação da Universidade Complutense de Madrid, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança, Universidade de Salamanca, Universidade Aberta, Bragança. Resumo disponível aqui
  • Rosa, V. (2021). A participação portuguesa no International Computer and Information Literacy Study (ICILS)  slides PowerPoint.
  • Rosa, V. (2021, 24-25 março). PISA: Avaliação em larga escala e mudança educativa. Comunicação apresentada na IV International Conference Learning and Teaching in Higher Education “Students and Teachers”, Universidade de Évora.
  • Rosa, V. (2021).  PISA: Avaliação em larga escala e mudança educativa slides PowerPoint.
  • Rosa, V. (2021, 3 junho). PISA, big data e industrialização da educação. Comunicação apresentada na International Conference on Politics and History of Education: Transfer, Transnationalization and Transformation of Education Policies (1945-2018), University of La Laguna, Tenerife.
  • Rosa, V. (2021). PISA, big data e industrialização da educação slides PowerPoint
  • Rosa, V. (2021). A participação portuguesa no inquérito internacional PIRLS (2011-2016). In T. Martínez, S. García, M. Almenara, & J. Campos (Eds), Estudios sobre innovación e investigación educativa (pp. 55-67). Editorial Dykinson.
  • Rosa, V. (2021, 15-16 julho). Reading literacy assessment in Portugal and Brazil. Comunicação apresentada no International Congress on 21st Century Literacies (ICCL2021), Instituto Politécnico de Portalegre.
  • Rosa, V. (2021, 20-23 julho). A participação de Portugal no International Computer and Information Literacy Study (ICILS). Comunicação apresentada no CIHELA 2021 XIV Congresso Iberoamericano de História da Educação. Revolução, Modernidade e Memória: Caminhos da História da Educação. Associação de História da Educação de Portugal — HISTEDUP. Texto disponível aqui
  • Rosa, V. (2021, 28-29 outubro). O PISA e a literacia financeira: Os resultados de Portugal. Comunicação apresentada no II Congresso Internacional de Humanismo, Direitos Humanos e Cidadania, Universidade Lusófona.
  • Rosa, V. (2021). O PISA e a literacia financeira: Os resultados de Portugal slides PowerPoint.
  • Rosa, V. (2021). Avaliação internacional em larga escala: a participação de Portugal no TIMSS, PIRLS e ICILS. EDUSER: revista de educação, 13(1), 23-40. http://dx.doi.org/10.34620/eduser.v13i1.148

Nas últimas décadas a avaliação em larga escala adquiriu uma grande importância no âmbito educacional. Os estudos internacionais desenvolvidos a partir de questionários são cada vez mais numerosos e abrangem diferentes domínios. Portugal tem vindo a participar em vários desses estudos, permitindo obter informações sobre o sistema educativo e o contexto socioeconómico das famílias e pessoais dos alunos. Esses dados permitem influenciar na definição e implementação de políticas educacionais. Neste artigo apresentamos uma análise sobre três estudos internacionais no âmbito da educação, em que Portugal participa: Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS), o Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS) e o International Compute rand Information Literacy Study (ICILS), conduzido pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA). Procuramos analisar os resultados gerais de Portugal, recorremos a uma metodologia interpretativa, com base na análise dos relatórios e bases de dados produzidos(as) por diferentes organizações, nomeadamente a IEA. Apesar das diferentes oscilações, nos diferentes ciclos dos estudos, os alunos portugueses têm vindo a apresentar resultados positivos.


Este artigo analisa os resultados de 2018 da avaliação em literacia financeira do Programme for International Student Assessment (PISA), conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Este estudo internacional em larga escala incide, tradicionalmente, sobre a literacia de leitura, de matemática e de ciências, e mais recentemente inclui a resolução colaborativa de problemas e a literacia financeira. A análise foi realizada a partir dos dados globais conhecidos dos países participantes no PISA, mas com um olhar particular para os dados de Portugal.  Os resultados revelam que, na sua larga maioria, os jovens portugueses parecem estar razoavelmente preparados para responder ativamente aos desafios financeiros. Eles têm o conhecimento mínimo para lidar com as questões financeiras do dia a dia. Contudo, observam-se assimetrias regionais.


Este artigo apresenta uma análise sobre o estudo internacional Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS), para as literacias de matemática e ciências, conduzido pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA), tendo em conta os seus objetivos gerais, as tendências de evolução das performances dos alunos e os respetivos dados referentes a Portugal (por regiões da NUTS II). A revisão bibliográfica e documental revela que Portugal tem vindo a melhorar os seus resultados no TIMSS desde 1995. Revelou, ainda, que existem diferenciações relativamente aos resultados por género e dimensões cognitivas (conhecer, aplicar e raciocinar). No TIMSS 2019 a região Centro foi a unidade territorial que obteve o melhor resultado a matemática e a ciências, no 4.º e 8 anos de escolaridade.


Vulgarizado, em 1961, nos Estados Unidos da América (EUA), o conceito de “big science” refere-se à investigação científica em grande escala, com orçamentos importantes, equipas numerosas, instrumentos e laboratórios de grandes dimensões, com produção de uma enorme quantidade de dados, embora muitas vezes com relevância diminuta. O artigo analisa de que forma o Programme for International Student Assessment (PISA), levado a cabo pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), se pode inserir nesta categoria de “big science”. Os resultados encontrados apontam para que o PISA possa ser considerado o primeiro programa que se insere nesta forma de fazer ciência.

  • Rosa, V. (2022). A participação de Portugal no PISA: Políticas, práticas e problemáticas. In C. Cavaco, F. Costa, J. Marques, J. Viana, R. Marreiros, & A. R.  Faria (Eds.). (2022). Educação e Idades da Vida – Problemáticas de Investigação e Desafios na Sociedade ContemporâneaAtas do XXVIII Colóquio da AFIRSE Portugal (pp. 603-612).  AFIRSE Portugal e Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Resumo disponível aqui
  • Rosa, V. (2022, 9-11 fevereiro). International Computer and Information Literacy Study (ICILS): Avaliação do conhecimento de tecnologia da informação e comunicação de alunos e professores. Comunicação apresentada no XXIX Colóquio da AFIRSE Portugal – A Educação e os Desafios da Sociedade Contemporânea – Contributos da Investigação, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
  • Rosa, V. (2022). International large-scale assessment: Issues from Portugal’s participation in TIMSS, PIRLS and ICILS. In A. Teodoro (Ed.), Critical perspectives on PISA as a means of global governance. Risks, limitations, and humanistic alternatives (pp. 126-141). Routledge.
  • Rosa, V., & Araújo, A. L. (2022). OECD and education: How PISA is becoming a ‘Big Science’ project. In A. Teodoro (Ed.), Critical perspectives on PISA as a means of global governance. Risks, limitations, and humanistic alternatives (pp.169-179). Routledge.
  • Rosa, V. (2022). O PISA e a literacia financeira. In J. Serrão, M. N. Gonçalves, H. Bracons, J. V. Brás, & A. Cabral (Eds.), Ebook do II Congresso Internacional de Humanismo, Direitos Humanos e Cidadania (pp. 160-170). Edições Universitárias Lusófonas.
  • Rosa, V. (2022, aceite). O PIRLS e a performance de leitura. Comunicação submetida. IV Colóquio Internacional de Ciências Sociais da Educação – A Educação como um bem público: Políticas, Tendências e Controvérsias, 12 a 14 de maio de 2022, Instituto de Educação da Universidade do Minho.
  • Rosa, V. (2022, submetida). O estudo internacional TIMSS e a participação de Portugal. Comunicação submetida. XVI Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências de Educação, 15 a 17 de setembro de 2022, Lisboa.
  • Rosa, V., & Lopo, T. T. (2020, 10-12 setembro). PISA, Big Science e o trabalho científico sobre educação em Portugal. Comunicação apresentada no XV Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação: Liberdade, Equidade e Emancipação, Porto. Resumo disponível aqui
  • Rosa, V., & Lopo, T. T. (2020). PISA, Big Science e o trabalho científico sobre educação em Portugal ⌊slides PowerPoint
  • Rosa, V., & Lopo, T. T. (2021, 29-31 março). Os discursos e as práticas dos diretores, coordenadores e alunos das escolas portuguesas no âmbito da participação no inquérito internacional PISA. Comunicação apresentada no XI Congresso Português de Sociologia – Identidades ao Rubro: Diferenças, Pertenças e Populismos num Mundo Efervescente. Escola de Sociologia e Políticas Públicas do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa  e ICS – Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Lisboa. Resumo disponível aqui
  • Rosa, V., & Lopo, T. T. (2021). Os discursos e as práticas dos diretores, coordenadores e alunos das escolas portuguesas no âmbito da participação no inquérito internacional PISA slides PowerPoint
  • Rosa, V., & Lopo, T. T. (2021, 25-27 maio). The Portuguese participation in the international PISA survey: Discourses and practices of principals, coordinators and students. Comunicação apresentada na International Conference Sociology of Education in Southern Europe: A Step Forward (SESE Conference), Università Cattolica del Sacro Cuore, Milan. Resumo disponível aqui
  • Rosa, V., & Lopo, T. T. (2021). The Portuguese participation in the international PISA survey: Discourses and practices of principals, coordinators and students slides PowerPoint
  • Rosa, V., & Lopo, T. T. (2021). A OCDE e a educação. O PISA e a sua transformação num projeto de “big science”. In L. G. Correia, & T. Neves (Eds.), Liberdade, equidade e emancipação. Atas do XV congresso da SPCE (pp. 464-472). SPCE – Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Resumo disponível aqui
  • Rosa, V., Maia, J. S., & Mascarenhas, D. (2019, 23-24 setembro). O contributo dos inquéritos internacionais na área da educação (PISA, TIMSS e PIRLS) para a formação dos docentes. Comunicação apresentada no Congresso Internacional sobre Profissionalidade Docente, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. Resumo disponível aqui
  • Rosa, V., Maia, J. S., & Mascarenhas, D. (2020, 27  novembro). A participação de Portugal no inquérito internacional PIRLS (2011-2016). Comunicação apresentada no 3rd WCCES Symposium, Teachers, Teaching Profession, and comparative Education: Fostering Values Education and Engaging Academic Freedom amidst Emerging Issues Related to COVID-19 [Simpósio]. Resumo disponível aqui
  • Rosa, V., Maia, J. S., & Mascarenhas, D. (2020). A participação de Portugal no inquérito internacional PIRLS (2011-2016) slides PowerPoint⌋.
  • Rosa, V., Maia, J., & Mascarenhas, D. (2021). A participação de Portugal no inquérito internacional PIRLS (2011-2016).  Indagatio Didactica, 13(3), 37-56. https://doi.org/10.34624/id.v13i3.25503

Neste artigo apresentamos uma análise sobre as tendências de evolução dos desempenhos dos alunos portugueses do 4.º ano de escolaridade no âmbito do inquérito internacional Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS) (incluindo o ePIRLS em 2016), conduzido pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA) sobre a literacia de leitura, tendo em conta os seus dados gerais e os respetivos dados referentes a Portugal. Para o efeito, analisamos os relatórios e as bases de dados produzidos(as) por esta Associação e o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE). Os resultados revelam que, em 2016, Portugal encontra-se no grupo de participantes que registaram uma pontuação média superior ao ponto central da escala PIRLS (500 pontos), mas, face a 2011, representa uma descida. Revelou também que, em 2011, as raparigas apresentaram melhores resultados do que os rapazes, mas que essa diferença foi praticamente anulada em 2016 e que não há diferenças significativas entre os resultados obtidos no PIRLS e no ePIRLS. Tanto em 2011 como em 2016, foi a região do Ave que teve melhores resultados.

  • Rosa, V., Maia, J. S., & Mascarenhas, D. (2022). O PISA 2015 e resolução colaborativa de problemas: Os resultados dos alunos portugueses. EduSer: revista de educação, 14(1), 1-11. https://doi.org/10.34620/eduser.v14i1.177

Neste artigo apresentamos uma análise sobre um dos domínios de literacia do Programme for International Student Assessment (PISA): Resolução Colaborativa de Problemas (RCP). Comparativamente a outras literacias avaliadas pelo PISA (Leitura, Ciências, Matemática, Financeira), a RCP tem sido pouco estudada em Portugal. Recorremos a uma metodologia interpretativa com base nos relatórios e bases de dados produzidos(as) por diferentes organizações. Os resultados revelam que Portugal está no topo da escala relativamente à valorização de relações e valorização do trabalho em equipa, apontando que os estudantes portugueses se sentem integrados socialmente nas escolas deste nível educativo. Quanto a diferenças entre género, verifica-se que os rapazes obtêm avaliações globais inferiores às raparigas, seguindo as tendências internacionais. A análise revelou também que existe uma diferenciação entre regiões da NUTS III.


Este artigo apresenta uma análise comparativa entre três questionários internacionais: o PISA, conduzido pela OCDE, e o TIMSS e o PIRLS, realizados pela IEA, tendo em conta os seus objetivos gerais e correlações entre os respetivos dados referentes a Portugal (por regiões da NUTS III). A análise dos resultados gerais evidencia que Portugal tem vindo a melhorar os seus resultados no PISA, nos três domínios avaliados (leitura, matemática e ciências), que melhorou no TIMSS em matemática e piorou em leitura no PIRLS. A análise comparativa por regiões revelou que existe uma diferenciação dos resultados por regiões e que, enquanto o fator domínio não se apresenta como relevante, o fator objeto de avaliação em cada estudo parece determinante para os resultados dos questionários. Revelou, ainda, que há uma relação direta entre o PIB/habitante e os resultados dos questionários nas regiões com valores extremos de PIB/habitante, mas que essa relação não existe para a generalidade das regiões.


Este artigo analisa o papel da OCDE na construção das políticas educativas em Portugal após a Segunda Guerra Mundial e até à Revolução de Abril (1974). Durante grande parte do século XX (1926-1974), Portugal viveu sob uma ditadura nacionalista, com elementos que se podem colocar em pé de igualdade com o fascismo europeu. Depois de analisar a génese da OCDE (OECE, como inicialmente estabelecida), este artigo descreve a importância da participação de Portugal no Programa Regional do Mediterrâneo, concebido e conduzido pela OCDE/OEEC entre 1960 e 1968, para integrar o país numa esfera ocidental de influência, ao mesmo tempo que alicerçava as bases de uma política educativa que representou a mais importante fonte de mandato e legitimidade para as posições e propostas desenvolvimentistas oriundas dos setores tecnocráticos do regime que, progressivamente, ganhavam influência nos departamentos económicos, na economia e nos gabinetes de  planeamento da educação e formação da força de trabalho em Portugal, na década de 60 e início dos anos 70.


Este artigo apresenta uma análise do exame à política de educação de Portugal conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em 1987, bem como, sobre o seu papel na legitimação de um novo vocacionalismo. O artigo centra-se, em particular, na recomendação principal apresentada no relatório dos examinadores quanto ao investimento na qualificação inicial dos jovens e a sua relação com a criação, em 1988, de um novo órgão administrativo do Ministério da Educação responsável pelo lançamento das escolas profissionais em 1989. Os resultados  sugerem que foi esse exame da OCDE que abriu o caminho para o renascimento da educação profissional em Portugal, mas, agora, repensada e redefinida como uma forma ampliada e socialmente fundamentada de vocacionalismo.

  • Teodoro, A., Lopo, T. T., Teodoro, V., Carita, A., &  Estrela, E. (2021, 30 agosto – 2 setembro). A Success story? The PISA impacts on media discourse and public policies in Portugal (2000-2018). Comunicação apresentada no  Invited Symposium What contribution can PISA 2025 make to improving science education? na ESERA Conference 2021 Fostering Scientific Citizenship in an Uncertain World, Braga, Portugal.  Resumo disponível aqui
  • Teodoro, V. D. (2019, junho). PISA means 2000-2015. All countries. Report. Disponível aqui 

Este artigo apresenta uma análise do exame à política de educação de Portugal conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em 1987, bem como, sobre o seu papel na legitimação de um novo vocacionalismo. O artigo centra-se, em particular, na recomendação principal apresentada no relatório dos examinadores quanto ao investimento na qualificação inicial dos jovens e a sua relação com a criação, em 1988, de um novo órgão administrativo do Ministério da Educação responsável pelo lançamento das escolas profissionais em 1989. Os resultados  sugerem que foi esse exame da OCDE que abriu o caminho para o renascimento da educação profissional em Portugal, mas, agora, repensada e redefinida como uma forma ampliada e socialmente fundamentada de vocacionalismo.